quarta-feira, 1 de junho de 2011

Apenas Um Acidente

Boa tarde,

Dando continuidade a minha história, segue mais um capítulo, espero que estejam gostando, agradeço ao incentivo da inspiração, sempre elogiando e algumas vezes dando sua opinião de escritor. Sem ti eu não conseguiria prosseguir com tudo isso, espero que saiba a importância que tem em minha vida, seja da forma que for. And for you Jason, you support is unique to me, thanks.






Capítulo 2




"Cachos Dourados" aquele apelido vibrava na minha mente, assim como minha pele vibrava somente na lembrança de sua mão grande e quente envolvendo a minha pequena e fria. Tento afastar a imagem enquanto avanço em direção do meu quarto, a casa está vazia sem os risos alegres da minha sobrinha enchendo o ambiente de vida, ou o cheirinho de comida fresca que minha mãe parece estar eternamente preparando, acho que somente pelas duas que permaneço por aqui. Não me levem a mal, amo e adoro meu pai e meus irmãos, mas as medidas que eles utilizam de proteção para mim, muitas vezes beiram a crueldade.

Me resta somente aceitar, meu destino fui eu que procurei, e as consequências dos meus atos, tenho que pagar agora, então aceito simplesmente. Ao fechar a porta do meu quarto, finalmente me sinto em paz, querendo tirar do pensamento aquele sorriso indolente e cheio de confiança em si próprio.

Deixo a bolsa e casaco na minha cama e passo para o computador, acho que o lugar mais distante que uso para me aventurar no mundo, é a forma mais segura. Abro meu diário após passar por diversas senhas e segredos que uso para mantê-lo a salvo dos olhares curiosos, meu dia é basicamente o mesmo dos demais que se seguiram, não gosto de lamentar ou comentar minha sorte, apenas sigo. Mas hoje aquele toque e aquele sorriso estão gravados em minha memória e preciso relata-los, mesmo que seja para uma máquina:


"...a forma como sua mão que aparenta força e grandeza, como se pudesse dobrar o aço, tocou a minha com reverencia e calma, como se pegasse a pétala de uma flor com extremo cuidado para não machucar. Neste toque breve e singelo pude sentir meu corpo se aquecer e minha alma gritar por liberdade, me assustou, não posso mais sonhar com isso, mas ao mesmo tempo me encantou a sensação de paz e esperança que senti".


Após fechar tudo me arrumo e saio para a faculdade, sonho em construir, colocar meus sonhos no papel e dar o prazer de um ambiente perfeito e harmonioso para os demais, sou declaradamente a nerd da turma. Geralmente lembrada no final do semestre quando os demais estão em apuros e precisam de uma ajuda, isso não me incomoda, até porque não quero atenção deles ou piedade e me sinto feliz fazendo algum bem, já causei mal o suficiente para esta encarnação.

Novamente no refugio do meu quarto de frente ao meu computador estudando observo meu menssenger piscando, estranhando o fato, pois os contatos da minha lista já estão em casa e mal usam esse recurso para falar comigo, e meu chefe não costuma me incomodar este horário. Abro surpresa de ter um novo convite, não reconheço o endereço, mas fico curiosa em aceitar e descobrir quem é neste horário, ao aceitar o convite sou recebida com um:

- Olá moça dos Cachos Dourados!

Meu coração pula em desespero imaginando como em um dia ele conseguiu meu mesenger, e como tem a ousadia de me convidar a um bate papo?

- Oi vc... como conseguiu meu email? - Espero segundos que parecem décadas:

- Por aí, isso importa? ou te incomoda?

Penso em dar uma resposta brusca, mas a vontade de conhece-lo fala mais alto e fico sem saber o que dizer, mas acabo mandando o primeiro que me vem a mente:

- O que tu quer comigo?

- Somente lhe dar um olá tem algum mal nisso? quem sabe eu consiga até mesmo saber seu nome o que tu quiser me passar...

Eu não quero passar nada para ele, nem meu nome, nem meus sonhos, nem quem sou, devo esconder tudo isso, devo me proteger de quem quer que seja, não posso manter um contato assim, mas estou tão cansada de ser só, cansada dos dias mecânicos que vivo e que sei que estão em meu futuro, que resolvo me arriscar mais uma vez na vida, apenas rezando para que não me arrependa.

- Me diga como conseguiu meu mensenger que tiro suas dúvidas em relação a mim.

- Está bem Cachos, tu estuda no prédio F, apesar do seu jeitinho quieto já lhe vi antes, ou melhor por várias vezes no refeitório ou na entrada da faculdade quando está esperando lhe pegarem - a pausa que ele faz me angustia, e penso na velocidade da luz do porque um guri como ele reparou em mim? - e se as vezes tu desse o ar da sua graça no centro esportivo do seu prédio me veria jogando bola, então por fim moro somente a dois prédios abaixo da sua rua e conheço o Gael que é seu vizinho, então pra te achar on line foi só esperar.

Leio e releio sua mensagem, e continuo pensando o porque ele se deu ao trabalho de me procurar.

- Está bem, apenas não entendo o porque?

- Agora é sua vez de me responder Cachos...

- Meu nome não é Cachos é Pollyana

- Lindo nome mas continuarei com o Cachos, posso?

- Não, até mesmo porque esta conversa não irá se prolongar...




^AngelP^

2 comentários:

And_Rodrigues disse...

o Segundo capitulo esta ainda melhor, e a cada dia o progresso é nitido, fico muito orgulhoso, e honrado, com cada post, e pela inspiração.

"Te Amar me faz querer viver,e a cada dia que nasce me toma e te torna inspiração"

P Amodoro

^PAR^

Keka disse...

P

Amando a história aqui e doida pelos próximos capitulos continue escrevendo linda está divino. Love U

Kelli

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