quinta-feira, 9 de junho de 2011

Apenas Um Acidente

Boa noite

Pollyana mais uma vez vem contar sua história, tenho apenas que agradecer aos que acompanham, agradeço sempre ao incentivo e apoio Sr. Rodrigues, sem ti nada disto teria se iniciado.








Capítulo 4





No refugio do meu quarto me permito chorar, ainda não entendo o porque do meu pranto, mas apenas sinto a dor se espalhar no meu peito, e essa vontade louca de chutar algo me impulsionando para frente. Respiro fundo várias vezes enquanto arranco minha roupa e corro para meu banheiro, entro debaixo da água quente queimando minha pele, como se essa dor fosse anular a outra de alguma forma. Começo a entoar cânticos em minha mente para relaxar, e penso: "Polly tu tem 25 anos, não é mais uma adolescente boba que se apaixona a primeira vista, ou ao primeiro toque, tu já passou por dores maiores que essa, supere foi apenas um dia de conversa e sorrisos pela droga do computador, fique calma".


Desligo o chuveiro esperando que as águas tenham levado esta dor inexplicável, mas sinto somente o peso da minha solidão a me rodear, me fazendo prisioneira de um mundo construído e protegido por paredes de areia, que sei que na próxima onda serão destruídas. Coloco o pijama mais confortável e quente que encontro, pego meu gato de pelúcia e me afundo nos cobertores macios da minha cama, ligo meu cd player ao fundo e sinto a melodia do piano da Amy Lee a acalmar meu coração, me identifico com a letra, tento absorvê-la para assim me esquecer da vida e de tudo que passei, somente alguém que nunca esqueço, e que mesmo que não esteja aqui me conforta. Estendo a mão até minha mesinha de noite e pego uma pequena caixa branca de madeira, a coloco ao meu lado na cama e observo seu entalhe com querubins gordinhos e risonhos acaricio e sinto o amor ali dentro guardado, esperando para me abraçar espiritualmente, me confortando e me guiando. Abro e olho seu conteúdo, retiro um pequeno pagão branco e um macacão cor de rosa, aproximo da minha face para sentir seu aroma, mesmo sabendo que após este tempo ele sumiu, pego uma caixinha de jóia onde contém ralos fios loiros e macios, tão puros quanto sua dona. 


Me conforto em sentir a presença do meu anjo particular, que não pode mais ser ferido ou roubado de mim, estou com esse pensamento quando meu computador envia o alerta de um novo e-mail, novamente eu não sei como, mas posso sentir que é ele, não quero ler ou ouvir suas explicações, mas algo maior me impulsiona para fora da cama, me arrasto quase como se puxada por cordas invisíveis até o computador, me sento e abro o e-mail:


Oi cachos Dourados....desculpe Pollyana 

Não sei o que houve, ou se lhe fiz algo, tu falou sobre minha guria, mas não tenho dona, espero que eu possa ter o prazer de falar com vc novamente, mesmo por que continuarei a te admirar a distância.


Beijos

Miguel



Leio sem saber o que dizer, o guri ou é muito descarado ou está me dizendo a verdade, meu lado racional fica totalmente indignado por ele achar que estou louca quando vi claramente uma guria pendurada no pescoço dele, estou completamente furiosa, e consideravelmente confusa, começo a digitar a resposta quando apago e desligo tudo.


Não irei me dar ao trabalho, não preciso e não quero admiração, quero apenas concluir meus estudos, montar meu escritório, ser independente de todos, caminhar segura, não preciso mais dessa complicação, meu corpo, minha alma estão quebrados, ninguém pode consertá-los, não darei a ninguém a oportunidade de me ferir novamente.


Me deito novamente, mas o sono não vem, as músicas que tocam apenas estendem minha melancolia, realmente como disse Amy Lee: " Estou tão cansada de estar aqui, reprimida por meus medos infantis..."




^AngelP^





1 comentários:

And_Rodrigues disse...

A historia esta cada vez mais empolgante, deixando com vontade de conhecermos logo o próximo capitulo, então por favor não nos deixe esperando muito.

Nem preciso dizer que a cada dia esta ainda melhor o seu trabalho amor.

P Amodoro

^PAR^

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