quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Porcenala Quebrada

Boa Noite,


Geralmente tenho algo para expressar antes de um texto meu, mas hoje estou meio sem palavras, espero que o poema diga por si mesmo. 
Essa é a ultima publicação do ano, quero apenas agradecer aos que me deram incentivo este ano e acreditaram que posso seguir em frente. Muito Obrigada... Desejo a todos um novo ano de amor, saúde, esperança e paz....











Uma boneca danificada,

Seu defeito não é visivel,

Não pode ser tocado.

Mas olhe com cuidado

Apesar de boneca, tem alma.

É exatamente ali que o dano se encontra.

Uma alma reprimida e espancada.

Um espirito domado e tomado,

Pelo belo rosto que sonhou lhe amar,

Pelo belo homem que esperou lhe preservar.

Mas em puro engano se tornou

E pelo amor foi quebrada e teve sua alma despedaçada.

E hoje senhores vemos apenas os pedaços, 

Do que foi a perfeição.

Pode-se apenas apreciar,

Pois essa boneca não se pode levar,

Apreciem somente os pedaços que restou

Desta porcelana quebrada que o amor deixou....



^AngelP^




domingo, 25 de dezembro de 2011

Apenas Um Acidente...

Boa Tarde de Natal,


Espero que todos tenham ganham aquilo que desejou, e caso não tenha conseguido, lute que em breve será agraciado. Posto mais um pedacinho da Polly, agradeço pela incrível ajuda do Anderson Rodrigues que é co-autor deste capitulo. Apreciem.







CAPITULO 16



Miguel



Minha respiração ficou mais carregada, meus braços e pescoço mostravam todas as minhas veias, meu coração batia mais forte que o normal, e vai por mim, meu coração bate forte. E bater forte era tudo que eu queria, meu ódio tinha direcionamento, eu sabia quem odiar, e naquele momento eu fazia isso com um esmero que eu nunca pensei conhecer, aquilo não ia ficar barato, eu ia descontar aquela raiva no maldito que ousou tocar na mulher que eu amo, na minha Cachos.

Eu levantei e sai do quarto como um raio, a deixei chorando e nem lhe dei amparo algum, todo o ódio que eu sentia, só era cortado em lampejos da imagem de Pollyana chorando na varanda, e eu me sentia uma porcaria de homem por não estar consolando-a, eu sai sem ver nada mais além dos vultos na rua, a luz do dia começava a ir embora, a noite começava a reinar, minha visão não enxergava nada além da minha garota sofrendo.

Como alguém seria tão sádico a ponto de ferir aquele rosto, assustar aquele sorriso? Deus, não sabia para onde ir ou o que fazer, não podia voltar ainda para o quarto, a fúria dominava seu corpo, poderia assustá-la ou simplesmente afastá-la de vez.

Sentei em um dos bancos de frente a praia, observando o balançar das ondas, pensei em tudo que Pollyana me disse novamente, sentia a fúria se intensificar, e a certeza de que não permitiria que ela passasse por isso novamente. Não me importava com os avisos do Pai dela, jamais ia me afastar, ela era minha para amar e proteger, nem que para isso tivesse que roubá-la pra mim.

Não senti o tempo passar, somente notei que o movimento na orla cresceu e risadas femininas que se aproximavam me tirou de meu devaneio. Quando vi que estava há quatro horas fora, corri de volta para a pousada.

Abrindo a porta com força, encontrei o quarto às escuras, olhei no canto e soltei a respiração quando vi a mala de Pollyana lá, acendi as luzes e vi seu corpo imóvel na espreguiçadeira, me encaminhei em sua direção, ela sentiu minha presença pois abriu os olhos lentamente.

- Me desculpe Miguel, eu não queria lhe irritar – falou baixinho, e isso me cortou o coração, não era culpa dela. – eu vou embora de manhã, já pedi na recepção um táxi para amanhã.

- Você não precisa desse táxi, eu não estou bravo contigo, entende isso Cachos. – disse acariciando sua face ruborizada pelas horas de choro. – minha raiva é saber que eu não estava lá para lhe defender, para cuidar de ti, só isso.

- Você não poderia saber.

- Quando eu lhe disse que tu é minha, eu disse a sério, nada do que lhe aconteceu é culpa sua, então aprenda que vai ter que se acostumar com a minha presença ao seu lado, sempre.

Ela me observava com os olhos brilhando por novas lágrimas, que escorriam por sua delicada face, enlaçando meu pescoço com suas mãos delicadas, aproximou seu corpo do meu e me deu o abraço que tanto amava, aninhando seu corpo onde pertencia.



^AngelP^



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal....

Boa Tarde,

Para os visitantes constantes, os esporádicos e os acidentais. Agradeço pela visita, e desejo sinceramente que possa continuar agradando com meus textos e poemas que a cada momento tento melhorar para satisfazer a critica.




Enfim, gostaria de desejar a todos um Feliz Natal, e como sempre relembrar o verdadeiro significado desta data, o nascimento do menino Jesus, que veio a terra nos mostrar como amar o próximo como a si mesmo, a praticar a caridade e fraternidade, de que todos somos irmãos perante aos olhos de Deus.

Mesmo que seu Natal não seja recheado de presentes, aprecie o presente que é sua família, perto ou distante, aprecie o amigo ao lado, o conhecido ou apenas cumprimente e deseje o bem a um desconhecido. Mesmo seus inimigos merecem suas preces.

A melhor mensagem de Natal que posso lhes dar é aquela que saí em silencio do meu coração e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.


Feliz Natal

^AngelP^



domingo, 18 de dezembro de 2011

Somos um


Boa tarde,


O coração humano é responsável pelo percurso do sangue bombeado através de todo o organismo, que é feito em aproximadamente 45 segundos em repouso. 
Antes fosse somente esta a definição para esse órgão que muitas vezes apenas domina todo nosso corpo, domina toda a nossa razão e nos leva a atos impensáveis. Agradeço pela colaboração do And Rodrigues, sempre de muita ajuda e carinho. Apreciem....








Brisas frescas minha face a tocar
Como beijos doces em uma noite de luar.
Mãos dadas em um caminhar sem rumo,
Assim como a paixão que em mim desperta,
Sem razão, sem direção.
Não penso no amanhã, não penso nos porque
Penso apenas em sentir sua mão contra mim.
Onde dois se tornam um,
Onde você começa e eu termino,
Onde a razão não tem lugar,
Onde tudo que existe ali está.
Completos um pelo outro
Como fomos feitos para ser
Um só por esse caminho insólito a percorrer.
Uma criança ansiando um doce, assim quero você
Para nas delicias do seu ser me perder
E em seus braços completo ser.


^AngelP^







quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Apenas Um Acidente

Boa noite,

Mais um pouco da Polly para incrementar a noite que está chuvosa. Espero que apreciem e obrigada pela visita...








CAPITULO 15



Com o corpo saciado pelo amor, terminamos nosso banho. Enrolando-me na toalha, saí antes que Miguel conseguisse pegar em minha mão. A tensão voltava ao meu corpo, estava na hora de conversarmos, e se essa era a última vez que meu corpo provava do seu, estaria satisfeita.

- O que foi amor? Porque tu fugiu do banheiro? Ainda tenho coisas a fazer contigo!

- Miguel, vamos nos trocar e conversar?

- Tudo bem, se tu precisa me dizer algo, eu vou escutar, mas já lhe adianto, nada vai me afastar de ti.

- Espero que não.

Troquei-me de forma mecânica, sei apenas que coloquei um vestido qualquer que retirei da minha mala que ainda estava no canto do quarto sem desfazer. Evitei ao máximo olhar na direção que Miguel estava, assim ia reunindo coragem para lhe revelar o que eu temia.

Quando terminei de me trocar, caminhei até a varanda e me sentei em uma das espreguiçadeiras, escutei Miguel ao telefone, pedindo algo na recepção. Virei em direção às portas duplas e o observei vindo juntar-se a mim na varanda.

- Pedi algo para comermos, tu está há muito tempo sem se alimentar. – ele me disse de forma doce, tirando um cacho que cobria meu rosto.

- Miguel... – respirando profundamente para criar a devida coragem comecei minha história – quando eu fiz 18 anos, viajei para a Inglaterra para fazer intercambio, chegando lá deslumbrada com a sonhada liberdade, comecei a estudar inglês, conhecer Londres e sua vida noturna.
“Consegui um emprego em um restaurante, onde conheci o César, me encantei com o jeito sofisticado e educado dele, ele me cobriu de atenções e carinhos que eu nunca havia recebido. Tive somente um namorado na infância até inicio da adolescência, então não era experiente nesses assuntos.
Pode imaginar uma garota inocente de tudo, recebendo aquela atenção? Bem eu não resisti, seis meses depois contra todos os argumentos da minha família eu estava casada, com um homem estranho para eles, mas que era o príncipe para mim”.

Miguel me olhava de forma questionadora, o sorriso já havia sumido de seu rosto, me perguntava o que ele estava pensando.

- Após oito meses de um casamento amoroso, onde eu era satisfeita nos mínimos pedidos, era levada a festas glamourosas e conhecia pessoas importantes do mundo dele, comecei a notar alguns sumiços ocasionais, chamadas desconhecidas para nossa casa, onde nunca me respondiam e ao fundo uma mulher sempre ria.
Passado algum tempo ele não tentava mais explicar nada para mim, me privava da companhia das pessoas que fiz amizade, se irritava com meu modo de me vestir ou falar. Cobrava resultados que eu nunca alcançava como esposa, me chamava de imatura e muitas outras coisas. Tinha ciúmes excessivos e me culpava se alguém me olhasse ou se eu fosse simpática com algum homem.

- Quanto tempo tu ficou casada?

- Fiquei casada por três anos, eu compreendia que o que sentia por ele era amor, mas com o passar do tempo comecei a me cansar da forma que vinha sendo tratada. Tentei conversar com ele, me queixar da sua grosseria, porque ele sempre me criticava em tudo que fazia ou dizia, porque ele não me permitia continuar a estudar, ou não me levava mais as suas festas, e os telefonemas constantes que me diziam que ele me traía. Foi à primeira vez que ao invés de palavras recebi um tapa, fiquei completamente sem ação, quando tentei sair de dentro de casa ele apenas me arrastou pelos cabelos e continuou a me bater, neste dia fraturei meu braço pela primeira vez.


Sentia as lágrimas descendo por meu rosto e caindo sobre minhas mãos, não conseguia encarar Miguel, sei que ele me consideraria uma covarde e conformada, como a maioria das mulheres espancadas são consideradas pela sociedade.


- Depois disso o que aconteceu? É por isso que tu se assustou de manhã? Achou que eu fosse ele?


- Sim e não – eu não estava mais conseguindo, me forcei a continuar. – Depois disso eu tentei ir embora, mas ele não deixou, chorou e implorou por perdão, eu não aceitei, mas ele passou a me ameaçar fisicamente, sempre dizia que nunca abria mão do que lhe pertencia.


Miguel me olhava em silencio, como se tentasse enxergar ou compreender a vida que eu vivi, tinha muito mais, mas aquele não era o momento para expor minhas humilhações.


- Mas porque tu se assustou a ponto de desmaiar? O que eu fiz que te levou para essas lembranças?

- Passei os próximos anos presa por ele, e quando digo presa é confinada em um canto, onde era procurada para tu sabe o que, ou para ele descarregar suas frustrações, fui espancada de formas inimagináveis, e era obrigada a sorrir quando ligava para casa para dar noticias uma vez por semana, depois se estendeu a uma vez por mês, até que ele não permitia mais ligações.

- Então quando tu se sentiu imobilizada, teve recordações disso?


Não podia mais falar, as lagrimas não permitiam, apenas levantei o olhar e vi seu rosto em fúria assim como foi o seu tom de voz, apenas assenti com a cabeça.
  

Miguel se levantou furioso e saiu do quarto batendo a porta, fiquei sozinha chorando encolhida na espreguiçadeira, meu maior medo se tornava realidade, ninguém me aceitaria com esse passado, e eu não tinha dito sequer a metade da história para ele.




^AngelP^




terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sozinha

Boa Tarde,


Não há muito o que dizer do poema a seguir, é somente mais uma parte dentre tantas de mim. Espero que apreciem....







Hoje a escuridão me consumiu

No peito sinto a dor, 

Na mente tenho as imagens,

Dos sonhos que não se realizou.

Das tristezas que se infiltrou

Em um amor que deveria ser unico e puro

Hoje apenas está maculado.

E a tristeza deste fim me rasga a alma

Levando a mesma a mais profunda solidão.

Solidão esta que um dia pensei dar adeus

Arrancada deste sonho,

Pela crua certeza de que não sou suficiente

Por todos os pecados que cometi

Todos os pecados que o levei a cometer

Em teus abraços nao estarei

Somente na dor permanecerei.

E mesmo com o consolo que me ofereces

Não posso aceitar

Pois esta alma não tem retorno

Restou apenas a casca

De um corpo solitário a perecer.

Que nas noites geladas

Não poderá nos sonhos se confortar

Vai viver de seus pesadelos

Seja dormindo ou acordada

Pois os sonhos são para poucos

Aqueles que são de aço

Que no mundo não teme se arriscar

Não se esconde em um canto escuro

Somente deixando o tempo passar

Quando finalmente nos braços do ceifeiro

Poderá descansar…



^AngelP^





sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Apenas Um Acidente

Boa Noite,

Após a falta constante de posts não me aguentei e estou postando mais um capitulo da Polly, este em especial agradeço a colaboração do And Rodrigues que escreveu comigo, sempre ajudando e apoiando. Espero que apreciem...









CAPITULO 14




Duas horas mais tarde, recebi alta e os resultados dos exames, e a recomendação de voltar a usar mais calmantes e antidepressivos.
Quando recebi as receitas e instruções dos médicos, pedi para Miguel se retirar do quarto, ele saberia sobre isso no devido tempo, primeiro viria o motivo do meu pânico, caso ele me aceitasse eu poderia revelar o restante.

Chegamos à pousada e caminhamos em silêncio até nosso quarto, quando a porta se fechou percebi que Miguel não me olhava, apenas deixou seus documentos sobre a mesinha de centro e foi para o banheiro. Sentei-me na cama, esperando que ele terminasse seu banho, quando ele apareceu na minha frente, me sorriu e me pegou no colo.

- Depois de uma manhã agitada, uma tarde infernal no hospital, nós dois merecemos relaxar na banheira. Tudo bem para você?
- Sim – disse olhando ao redor, notando a banheira enchendo com água quente e espuma, as velas aromáticas acessas. – Como tu arrumou tudo tão rápido?

- Ahh, eu não deveria lhe contar meu segredo, mas como você é uma boa menina lhe conto.. – o mordi pela gracinha. – Ai! Se você estiver com fome eu peço algo, não precisa me devorar!

- Deixa de ser bobo e me diz como arrumou tudo Miguel!

- Está bem, curiosa! – ele fez ar de impaciência, mas eu sabia que era somente por brincadeira. – Quando eu vim buscar sua roupa, devido ao seu péssimo hábito de sair por aí nua... Ai!!! Para de me morder mulher! Bem, como eu dizia, quando vim buscar sua roupa, arrumei o banheiro, deixei no jeito apenas para encher a banheira quando chegássemos.

- Foi brilhante amor! – quando percebi o que disse tentei desviar o olhar, mas Miguel pegou meu queixo e sustentou meu olhar.

- Pode me chamar de amor, não precisa ficar envergonhada, eu adorei.

Com seu beijo, começamos a nos despir, e eu pensei que merecia mais este momento em seus braços, antes de falarmos á serio sobre minha vida, meu passado e principalmente o que faria do meu futuro, que sentia ser negro sem Miguel ao meu lado.

- Cachos não me assusta mais assim, sei que tu quer conversar, mas agora só me deixa te amar, e ter certeza que tu está bem.

Não tive tempo de responder, pois Miguel me beijou com sofreguidão, enlaçando minha cintura com ambas as mãos e grudando meu corpo ao seu, levantou-me no colo novamente e caminhou até a banheira, entrando comigo, sem parar de me beijar.

- Te amo, Cachos, não te quero longe de mim nunca mais, não quero que nada lhe machuque.

- Eu te amo Miguel, nunca pensei que poderia amar alguém assim, mas o amo.

Ele voltou a me beijar, enquanto deslizava suas mãos por meu corpo, embalando meus seios, acariciava-os com força, excitando todo o meu corpo, já pronto para recebê-lo, ansiando por senti-lo novamente dentro de mim.

Mas sentindo minha pressa ele resolveu ser malvado e ir lentamente comigo, observei seu sorriso safado ao me pegar de surpresa pela cintura e me sentar na borda da banheira, separando minhas pernas, se posicionou ajoelhado entre elas, enquanto colocava meu seio em sua boca e dava leves mordidas, trocando de um seio a outro, enquanto sua mão deslizava por minha coxa, ameaçando tocar em  meu sexo, me fazendo gemer pela excitação de suas provocações. 

- Ain, Miguel! Não me provoca assim...

- Isso Cachos é só o começo – antes que eu pudesse me mover para mordê-lo ele se afastou e levantou o dedo indicador em sinal de negação. – Nada de mordidas, agora é a minha vez!

Dito isso ele simplesmente desceu a boca até minha coxa e mordeu de forma prazerosa fazendo seu caminho até o meu sexo, separando-o e deslizando sua língua quente e macia, pude apenas gritar, sentindo o prazer de ter aquele homem lindo adorando meu corpo com o seu, me possuindo na forma mais carnal que pode ser o amor.


Miguel

Escutando seus gritos e gemidos doces de prazer, provei seu sabor, me deleitando em seu gosto, seu cheiro, sua paixão. Não sabia o que havia naquela mulher que abalava meu mundo de forma que nenhuma outra abalou.

Não sabia o que tinha ocasionado aquele mal súbito na minha Cachos, mas faria de tudo para que nada do tipo ocorresse novamente, nem que nenhum mal acontecesse aquela mulher que se tornava a cada dia tudo em minha vida.

Continuando minha exploração em seu sexo, senti sua respiração mais ofegante, passei para sua outra coxa, fazendo o caminho inverso, indo da sua pélvis para o seu joelho, sua respiração ficava um pouco mais contida, quando de repente, mergulhei em seu sexo novamente, o toque da minha língua em suas dobras já molhadas de excitação a fez arquear o corpo, colocando uma das mãos em meus cabelos, me puxando mais para si. Podia sentir suas contrações e o movimento de seu quadril conforme a provava. Era impossível resistir ao prazer ao escutar seus gemidos.

- Ain, Miguel, por favor, para de me provocar... – ela disse gemendo, mas eu não queria parar, queria sentir ela gozar em minha boca, chegar ao clímax, gritando meu nome de várias formas. - Me faz sua, por favor...

Ela colocou a mão em meu rosto quando suas pernas quase prendiam minha cabeça, sua respiração ofegante e o desejo que brilhava em seu olhar doce. Colocou a outra mão em meu ombro, deslizei minhas mãos pelas suas coxas chegando a sua cintura, segurando com força e puxando seu corpo junto ao meu, minhas costas tocaram o outro extremo da banheira, olhando sempre em meus olhos, seu corpo colado ao meu, seus seios duros pela excitação tocando meu peito, sua boca lentamente desceu buscando repouso na minha, seu corpo se movimentou lentamente sobre o meu, nossos corpos se encaixando perfeitamente, se conectando por puro instinto, o subir e descer lento daquele corpo perfeito embalado pelas minhas mãos em sua cintura. Movendo sua cabeça para trás, os cabelos longos e cacheados deslizando por suas costas, somente aumenta minha excitação, mordo os lábios e a faço aumentar o ritmo, ela joga seu corpo para frente e crava as unhas nas minhas costas, morde meu pescoço.

Nossas respirações estão mais pesadas, nossos gemidos se mesclam, minhas mãos passeiam por seu corpo enquanto sinto meu próprio gozo chegar, seus dentinhos ainda cravados em meu pescoço, trazendo uma pontada de dor e excitação.

- Te amo Cachos...

- Te amo Gatinho...

Ao ouvir sua declaração me entrego ao prazer, sentindo os espasmos do seu sexo pressionando meu membro, libero meu gozo em seu corpo, sabendo que esta é minha mulher, e nada do que ela diga ou que tenha se passado me afastará dela. Separo nossos corpos apenas alguns centímetros para lhe olhar nos olhos, vejo uma lágrima descendo por sua face.

- Obrigada, Gatinho, eu te amo.

Sorrindo para ela e secando essa lágrima que não quero ver ali, a não ser em um momento como esse onde nossos corpos se conectam e chegam a esse prazer nunca sonhado digo:

- Espere tu estar 100%!

Ela morde os lábios contendo o sorriso, um pouco encabulada, fica com as bochechas coradas. Eu a amo tanto, e tudo que quero é fazê-la feliz, ter sempre aquele sorriso, aquele corar para mim, é tudo que preciso para viver. Nos abraçamos, mantendo nossos corpos ligados, de uma forma que gostaria de ficar por toda a vida.




^AngelP^





terça-feira, 29 de novembro de 2011

Apenas Um Acidente

Boa noite,

Já faz um tempo que não apareço aqui, infelizmente por motivos de força maior, mas como sempre a escrita me liberta e hoje fico feliz de postar mais um capitulo da minha história. Apreciem e obrigada...








Capitulo 13



Acordei com o som familiar de bips das máquinas de um hospital, por um breve segundo temi voltar aquele tempo, quando estava constantemente presa em um hospital, tentando escapar de uma vida de dor.

Apenas a voz de Miguel me trouxe de volta a realidade, olhei para o lado e vi que ele conversava com meu pai próximo a janela, sentindo seu olhar Miguel se virou com o rosto tenso, transformando-se em um sorriso quando me viu acordada.

- Cachos! Pensei que ia cochilar a tarde toda preguiçosa! – ele me diz isso sorrindo, mas percebo o tom preocupado em sua voz.

- Me desculpe pelo susto, não sei o que aconteceu.

- Não tem importância, amor. Agora que acordou ficará tudo bem. Precisei chamar seu irmão e seus pais tudo bem?

Meu pai se aproximou da cama e apenas me olhou de forma reprovadora, como sempre olhava desde a minha volta para casa.

- Bem Pollyana, essa é mais uma para sua lista não é? Saiba quando receber alta, vamos direto para casa, esse passeio acaba aqui.

Olhei em pânico para Miguel, que parecia segurar as palavras para não desrespeitar meu pai, mas eu não queria voltar, não podia perder a oportunidade de estar a sós com Miguel, precisava superar meus medos e ser sincera com ele. Se depois que soubesse o que aconteceu comigo me deixasse, eu teria ao menos tido a oportunidade de ter estado com ele.

- Desculpe Pai, mas eu não vou voltar.

- Vai sim, se quiser continuar tendo um teto sobre sua cabecinha de vento, vai voltar comigo.

- Então se o senhor permitir eu retiro meus pertences na segunda feira, mas neste momento eu vou ficar aqui.

Com isso meu pai me olhou pálido, não acreditando em minha rebeldia, somente me deu as costas e partiu sem mais nada dizer, com os olhos molhados pelas lágrimas olhei para Miguel, que estava confuso com tudo que acontecia.

- Cachos....

- Não se preocupe, meu pai me expulsa de casa a cada dois dias, a cada decisão que eu tente contrariar, não serei uma responsabilidade para você.

- Eu não ia dizer isso – ele me respondeu magoado. – ia dizer que estava quase colocando seu pai pra fora daqui, ninguém vai me separar de ti, entendeu?

- Miguel, antes de qualquer promessa, qualquer coisa que volte há acontecer entre nós, preciso lhe explicar porque surtei desta forma.

- Tu vai me dizer o que precisa, no seu tempo, eu não me importo com o motivo, somente com o fato de que eu nada faça para que volte a acontecer. – ele respirou fundo antes de aproximar seus lábios dos meus e beijar levemente. – esse susto me envelheceu no mínimo dez anos, então vamos com calma agora.

- Não, eu preciso dizer tudo, antes que a coragem me falte e eu fuja novamente.




^AngelP^








quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Brilhando para Ti

Boa tarde,

Esse é um poema onde tento mostrar que mesmo rodeada de pessoas, quero apenas para uma brilhar...

Apreciem !







Brilhando Para Ti.....



Estrela da noite que brilha timidamente no espaço,

Vislumbrando um infinito de possibilidades,

Querendo alcançar apenas o impossível.

Impossível de traços irresistíveis,

De gostos incomparáveis

De sonhos inimagináveis.

Desejo ardente e pulsante

Que meu corpo tende a aquecer.

Faz-me ter o gozo mais delirante

E me tira desse espaço infinito

Para em teus braços encontrar abrigo

E deixar de ser apenas uma estrela

Que brilha para um mundo

E tornar-me tua estrela

E brilhar somente em nosso mundo,

Onde nada importa

Somente o encontro dos nossos corpos

E a satisfação dos nossos sonhos.




^AngelP^





sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Apenas Um Acidente

Boa noite,

A frequência está baixa, mas a inspiração persiste, por isso depois de um tempo distante a Polly volta a embelezar meu blog. Divirtam-se....







Capítulo 12




Miguel


Miguel estava desorientado, sem entender a reação de Pollyana, mas sabia que era algo sério pelo olhar de pânico que viu em seus lindos olhos verde.

- Cachos, por favor, abre a porta, vamos conversar, não precisa ficar com medo, eu nunca iria lhe machucar ou fazer algo que não queira.

Miguel deslizou pela porta e sentou-se no chão frio, esperando uma resposta depois dos gritos de Pollyana, mas foi brindado somente com o silêncio. Encostou o ouvido na porta, esperando ao menos escutar soluços, mas novamente o silêncio, sentiu um arrepio gelado em sua espinha, teve a certeza de que ela não estava bem. Olhou pelo vão que ficava entre o chão e a porta, e viu seu corpo caído no chão do banheiro, observou que estava distante da porta e não pensou duas vezes antes de se levantar e chutar a porta até que essa se abrisse com o golpe.

- Cachos, não faz isso comigo. – disse em desespero, sentindo sua pulsação, quando sentiu o ritmo fraco, correu até o quarto e colocou sua bermuda e puxou um lençol para cobrir o corpo de Pollyana. – Amor, tu não faz isso comigo entendeu, acorda, por favor.

O corpo leve e esguio permaneceu quieto enquanto Miguel a levantava e enrolava no lençol, pensou em discar para a emergência, mas preferiu ir de carro ao invés de aguardar a ambulância, pegou Pollyana no colo depois que pegou as chaves e documentos e se encaminhou para o estacionamento.

Ao chegarem ao hospital deixou o carro na entrada e correu com Pollyana gritando por um médico, quando as enfermeiras apareceram com uma maca e ajeitaram o corpo de Pollyana, Miguel sentiu que seu mundo ia desabar, não podia entender o que aconteceu, mas sabia que não poderia mais viver sem sua Cachos, queria somente aquele sorriso que iluminava seu olhar sempre tão triste e distante.

Observou a distância os médicos examiná-la, e sentia cada vez mais o pânico de ter feito algum mal a ela crescer em seu peito, jamais se perdoaria se a machucasse de qualquer forma. Estava absorto em seus pensamentos e não viu uma das médicas se aproximar.

- Rapaz? Rapaz? Está bem? Os dois tomaram algum tipo de substância ilegal? – com isso saiu de seus pensamentos.

- O que? Não! Claro que não. Nós estávamos dormindo, quando acordamos ela entrou em pânico por algo que eu não sei, se trancou no banheiro chorando, quando percebi que estava em silêncio chamei. Como não atendia a porta ou dizia que estava bem olhei pelo vão da porta e a vi caída, arrombei a porta e corri com ela para cá.

- Sabe se ela é usuária de algum tipo de medicamento ou até mesmo substância ilegal?

- Não, Pollyana não usa nenhuma droga, e nunca vi tomando medicamento, nesse caso tem que contactar a família dela para perguntar.

- Tudo bem, confirme, por favor, para que possamos medicá-la, até o momento se trata de um desmaio, nada aparentemente grave, precisamos apenas fazer alguns exames para descartar qualquer outra doença, se tivermos um histórico médico pode ajudar.

- Está bem doutora, vou me comunicar com a família e passar os dados para a senhora.

A médica se afastou e Miguel ligou para o irmão de Pollyana que o tratava de forma mais educada naquela casa. Após o segundo toque uma voz familiar e alegre atendeu a chamada

- Miguel? E ae? Perdendo tempo me ligando cara? Aproveita enquanto ainda não te pegaram, sabe que sua cabeça está a premio né? Meu pai está uma fera com vocês dois por viajarem sem aviso.

- Beto, eu sei e pouco me importa agora, me diz a Polly toma algum medicamento controlado ou tem algum problema congênito?

- Porque cara? O que aconteceu com a minha irmã?

- Não sei de manhã ela entrou em crise de choro, se trancou no banheiro e desmaiou. Estamos na emergência e preciso passar ao médico se ela toma alguma coisa.

Beto fez um silêncio esmagador, como se ponderasse o que poderia ou não revelar para ele, e isso o intrigava ainda mais naquela situação toda.

- Me passa para o médico que está atendendo minha irmã – Beto disse friamente, o que indicava que nada seria dito para ele naquele momento.

Miguel entregou o telefone à doutora e se aproximou da cama de Pollyana, que permanecia inconsciente, mas já vestida com uma camisola do hospital, observou o soro que colocaram em sua veia, e como aquela guria era frágil, e como desejava saber o que assustou ela dessa forma que a levou para a escuridão da inconsciência. Gostaria de ajudá-la, somente não entendia como, pegou sua mão pequena e delicada, percebeu que estava fria, fechou suas mãos sobre a dela e tentou esquentá-la.

- Amor, acorda, volta pra mim, por favor. Nós temos uma semana ainda de diversão nos esperando, e eu quero te amar de novo e de novo, preciso de ti, volta pra mim, por favor.

Apoiando a cabeça próximo ao travesseiro de Pollyana, Miguel apenas se sentou ali, rezando para não perdê-la, querendo entender o que aconteceu, e esperando não ter feito mal a quem amava de forma tão intensa.





^AngelP^




quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sorriso a Brilhar

Bom dia...

Não tão presente, mas jamais ausente, posto hoje mais um pedaço de mim, não muito perfeito, mas totalmente verdadeiro, obrigado aos novos seguidores e as visitas constantes.








Sorriso a Brilhar 




Meu sorriso continuará a brilhar,

Pois independente do vazio a me consumir,

Meu sorriso continuará a brilhar.

Mas não olhe no fundo dos meus olhos,

Pois com o vazio se deparará,

O vazio de uma alma despedaçada

Simplesmente por muito amar.

Um amor nunca sonhado,

Amor jamais procurado,

Mas que apenas com um sorriso

Foi totalmente capturado.

Um plano para o futuro,

Desejos simples em nosso mundo

A certeza que era tua,

Quebrados pela leviandade

Deixando rasgos de saudade e

A insegurança de nunca lhe ter,

E a infelicidade de lhe ver

Em outros braços se perder.

Mas meu sorriso continuará a brilhar,

Mesmo que o vazio me consuma

Mesmo que minha alma permaneça escura

Meu sorriso continuará a brilhar...





^AngelP^



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vivir Sin Aire

Boa Tarde,

Não é meu costume, posto apenas meus textos e alguma outra coisa que ganho, mas hoje precisava partilhar esta música. Para os que não sabem tenho dupla nacionalidade, sim sou uma cidadã Espanhola e Brasileira, e esta é minha canção favorita, nunca foi destinada a ninguém e sempre esperei encontrar alguém que se encaixasse nela, mas minha teimosia as vezes dificulta para o perfeito ser encontrado, mas a vida é uma roda que dá voltas sem parar....





Vivir Sin Aire - Maná

Cómo quisiera poder vivir sin aire
Cómo quisiera poder vivir sin agua
Me encantaría quererte un poco menos.
Cómo quisiera poder vivir sin ti

Pero no puedo, siento que muero,
me estoy ahogando sin tu amor.

Cómo quisiera poder vivir sin aire
Cómo quisiera calmar mi aflicción
Cómo quisiera poder vivir sin agua
Me encantaría robar tu corazón.

¿Cómo pudiera un pez nadar sin agua?
¿Cómo pudiera un ave volar sin alas?
¿Cómo pudiera la flor crecer sin tierra?
Cómo quisiera poder vivir sin ti.

Pero no puedo, siento que muero,
me estoy ahogando sin tu amor.

Cómo quisiera poder vivir sin aire
Cómo quisiera calmar mi aflicción
Cómo quisiera poder vivir sin agua
Me encantaría robar tu corazón.

Cómo quisiera lanzarte al olvido
Cómo quisiera guardarte en un cajón
Cómo quisiera borrarte de un soplido
Me encantaría matar esta canción.

***

Viver Sem Ar - Maná

Como queria poder viver sem ar
Como queria poder viver sem água
Eu adoraria querer-te um pouco menos
Como queria poder viver sem você.

Mas não posso, sinto que morro
Estou me afogando sem teu amor.

Como queria poder viver sem ar
Como queria poder acalmar minha aflição
Como queria poder viver sem água
Eu gostaria de roubar teu coração

Como poderia um peixe nadar sem água?
Como poderia uma ave voar sem asas?
Como poderia a flor crescer sem terra?
Como queria poder viver sem você.

Mas não posso, sinto que morro
Estou me afogando sem teu amor.

Como queria poder viver sem ar
Como queria poder acalmar minha aflição
Como queria poder viver sem água
Eu gostaria de roubar teu coração

Como queria poder te lançar ao esquecimento
Como queria poder te guardar numa gaveta
Como queria poder te apagar com só um sopro
Eu gostaria de matar essa canção.








Dos mais lindos presentes, o dom das palavras me deu,
Em seu sorriso descobri o encanto, de um mundo de poesia
Distante do eterno pranto...


^AngelP^

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

And...

Boa noite de sexta-feira para todos, agradeço sempre as visitas, e espero que apreciem mais um pedacinho de mim posto em palavras... e amor eterno ao S2.







And....




Em seus braços quero repousar,

Seu peito meu recanto será para sonhar,

Teu corpo um porto seguro para estar.

Em teu amor me conforto,

Nos teus braços a paz encontro

Há muito tempo de mim roubada, 

Pode ser reencontrada no calor do teu afagar.

Em teus sorriso sinto o acalanto de um sonho a construir,

Para desse amor sementes florir,

Com os meus olhos e seus sorrisos, 

Nossa essência misturada, 

Nosso amor firmado,

E de uma vida solitária me despeço enfim,

Para finalmente em teu amor existir...








^AngelP^



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Profundo Abismo...

Boa noite,


Apesar de sumida e totalmente consumida na rotina de estudos, continuo escrevendo, sempre com o apoio do meu S2, que escreve mais do que lindamente, esse poema é somente mais um pedacinho de mim, então aproveitem, agradeço sempre as visitas e apoio constante.







Profundo Abismo



Profundo abismo 

Que me puxa para o escuro infinito

De uma alma em conflito,

Em desespero constante,

e um desejo suplicante.

Vê nas profundezas desse abismo

Mãos a lhe puxar

Braços errados a lhe prender.

Serpentes a lhe devorar,

Aquela alma um dia brilhante,

em busca somente do sorriso constante,

que somente queria amar.

Necessitada de amparo,

Que se acalma somente em teu regaço

Que se descobre somente em teu abraço.

O amor encontrou,

e ao longe avistou,

os sonhos que tanto desejou

com o amor partilhar,

e apenas um ser formar.



^AngelP^








terça-feira, 16 de agosto de 2011

Apenas Um Acidente

Boa noite,

E mais um capitulo da Polly para os que acompanham e apreciam, agradeço sempre a visita e espero continuar agradando. Obrigado sempre pelo apoio incondicional 









Capitulo 11





Pollyana acordou lentamente, sentindo um corpo quente atrás do seu, mãos fortes, mas suaves cobriam seu seio direito, uma perna musculosa cobria as suas pernas, e sentia o hálito quente em sua nuca. Levou alguns segundos para se lembrar da maravilhosa noite que teve nos braços de Miguel, gostaria apenas que nunca acabasse, que esta semana com ele fosse uma verdadeira lua de mel e que desse local fossem para um local deles onde o mundo não estragasse nada, onde não haveria tristezas, medos, ou preocupações.

Estava perdida em pensamentos doces quando sentiu o beijo em sua nuca e o bom dia rouco que ele lhe dava. Tentei me virar, mas Miguel me puxou mais próxima de seu corpo e começou a passar a mão preguiçosamente por meu corpo, apertando delicadamente meu seio, enquanto dava beijos em minha nuca fazendo minha pele se arrepiar. Sua mão descia vagarosamente até meu abdômen, fazendo círculos preguiçosos em meu umbigo e começando a me fazer cócegas.

- Ain, Miguel. – comecei a rir e me virei para ele, que sorria de forma insolente e sedutora.

- Sabia que você parece brilhar quando sorri assim? Quero ser o motivo de todos os seus sorrisos, sempre.

- Então basta tu me fazer cócegas todos os dias.

Com isso ele se levantou e sentou em meus quadris, prendendo meus pulsos acima da cabeça, o que me causou pânico, minha mente voltou para outros tempos, quando eu implorava para não me amarrarem, quando eu implorava para não ser machucada. A nuvem negra da minha vida, o monstro que eu tentava esquecer se apossou de mim, e eu não percebi que gritava, até escutar ao longe a voz doce de Miguel tentando me acalmar.

- Cachos, calma sou eu, olha para mim amor, não vou te machucar eu prometo.

Abri os olhos e vi que os olhos dele brilhavam com lágrimas não derramadas, seu semblante estava preocupado e confuso, esperando uma reação minha, mas ao perceber o que acontecia eu fiquei sem ação, o que eu iria contar a ele, não estava pronta ainda para revelar meu passado, meus erros e minhas perdas.

- Pollyana – Miguel disse hesitante – o que aconteceu? Porque você começou a chorar e pedir que a soltasse? Você acha que eu iria te machucar?

Lágrimas desciam pelo meu rosto e fiquei sem saber o que dizer apenas me levantei e corri para o banheiro onde me tranquei e deixei o choro dominar, enquanto Miguel batia na porta preocupado e implorava para entrar.

- Me deixa em paz! SAÍA DAQUI! – gritei a plenos pulmões, eu não estava preparada para ver a mesma decepção nos olhos de Miguel que eu via todos os dias nos olhos dos meus pais. Eu tinha a certeza de que ele desistiria de mim, de nós, porque um cara saudável, bonito, educado e bacana como ele estaria com alguém como eu?
Todos os meus medos e frustrações começaram a me rodear, me sufocando cada vez mais no choro, até que comecei a ver o banheiro rodar e minhas vistas se escurecerem, uma letargia dominando meu corpo até que tudo escureceu.





^AngelP^