quinta-feira, 30 de junho de 2011

Apenas Um Acidente

Boa tarde

Mais uma vez Polly dá o ar de sua graça para mostrar sua história e envolve-los em seus dramas, aparentemente tudo caminha para o melhor, veremos mais no desenrolar desta história.
Agradecimento sempre a todos que me apoiam, mesmo a distância, e aqueles que visitam silenciosamente também agradeço. Inspiração...










Capitulo 7





Sentir o sabor dos seus lábios foi como experimentar o nirvana, como se nossas almas se encontrassem após tanto tempo perdidas. Eu não sabia se ele experimentava as mesmas sensações, então deixei minha reserva de raciocínio em alerta e minha cautela em prontidão. Por mais que eu tenha pensamentos positivos e desejos alegres para as demais pessoas, não tenho a mesma reação comigo.

Separamos-nos, encontrei seu olhar com medo de ter dado o passo errado, mesmo ele tendo retribuído meu beijo, mas ao encontrar seu olhar encontrei somente desejo, ou o que eu possa entender como desejo.

- Vai parar de fugir de mim agora Cachos? Posso te reivindicar para mim? - tento entender o que ele diz, mas ainda estou muito atribulada pelo seu beijo. - Hei! Posso ou não te chamar de Minha Cachos?

- O que implica ser chamada dessa forma por ti? - Seguro o ar em meus pulmões, desejando secretamente que sua resposta seja como meus pensamentos.

- Implica que você é minha namorada, eu vou lhe buscar na porta da sua casa, te levar para faculdade, nos intervalos vou roubar beijos mais doces do que esses que recebi agora. - sinto que estou ficando vermelha quando ele sorri e aperta a ponta do meu nariz com o indicador. - Implica que você terá olhos, boca, ouvidos e cachos somente para mim, que aquele babaca do seu primo não vai chegar perto de ti novamente, que eu enfrento o mundo pra ficar contigo.

Suas palavras se harmonizam com meus pensamentos, me fazendo apenas sorrir em resposta, mas o olhar que me dá diz que precisa escutar as palavras, precisa da minha promessa, e mesmo contra todas as barreiras que levantei a minha volta posso somente dizer:

- Sim, eu sou a sua Cachos.


Com isso ele me pega no colo e caminha sorrindo até o estacionamento estamos ensopados, mas estamos felizes, eu estou feliz, não me lembro quando foi a última vez que sorri com essa naturalidade ou me senti tão leve, sei apenas que o quero comigo, não como uma posse e sim como um parceiro, para enfrentar a dura jornada da minha vida. Preciso somente ter coragem o suficiente e ser honesta em tudo o que faço no momento certo abrir meu coração e lhe mostrar minha vida até aqui, para que assim ele finalmente possa entender muitos dos meus atos e quem sabe ainda continuar do meu lado.

Quando paramos na porta do meu edifício me viro para ele sorrindo, mesmo não querendo, pronta para me despedir, me conforto, pois sei que não será definitivo, trocamos telefones e combinamos de ir juntos a faculdade. Depois de um beijo demorado desço do carro e caminho em direção a portaria, me viro para acenar um último adeus, ele sorri e acena de volta me mandando entrar para partir.

Hoje é o meu dia de primeiras vezes novamente, sinto como se fosse meu primeiro encontro, meu primeiro passeio, meu primeiro beijo, estou tão absorta que não reparo que todos estão na sala, somente a voz grave do meu pai me puxa para a realidade:

- Onde você estava Pollyana? Tem idéia de que horas são? Olha o estado das suas roupas. - ele pega meu queixo, examinando a ferida nos meus lábios, quando noto meu primo. - O moleque com quem você matou aula te fez isso?

- Não pai, ele me defendeu do agressor. - levanto o braço e aponto para o Rogério, sentado de forma desleixada no sofá da sala. - O Rogério me agarrou, e tentou me beijar a força me machucando, o Miguel só me defendeu, se o Sr. quer gritar com alguém começa por ele.

Saio da sala que se torna um caos e entro no meu quarto direto para meu banheiro para me aquecer, depois de agasalhada me jogo na cama e penso distante, naquele momento dos seus braços envolvendo meu corpo, sou tirada desses pensamentos doces com o alerta de mensagens que meu computador emite. Sei de quem é o email, não preciso olhar, mesmo assim me encaminho ao computador e ligo sua tela, abro meu e-mail e olho para os e-mails anteriores e penso se os abro primeiro ou não. Descarto essa idéia e passo diretamente para o que acabo de receber:

Oi Minha Cachos Dourados,

Acabei de lhe deixar em casa, mas já quero te pegar de volta. Como ainda não posso te roubar para mim, quero saber se tu está bem? Já está quentinha e pronta para dormir? Se cuida minha Cachos, quero tu inteirinha para mim amanhã. Boa noite.

Beijos

Miguel


Sorrio sabendo que mesmo distante, agora tenho alguém que irá se preocupar e cuidar de mim.




^AngelP^


terça-feira, 28 de junho de 2011

Lábios do Pecado

Por tudo que me desperta e me leva a desejar, somente em seus braços hei de encontrar...











Lábios do Pecado





Menino de sorriso fácil

Lábios do pecado

Com o dom de me fazer crer

Que irresistível aos seus olhos sou.

Em cachos dourados me transformou

Aos seus sonhos me transportou

Fazendo-me linda além do possível

Nas noites frias me esquentou

Desejos impensáveis em mim despertou

Saciados somente no sabor dos seus lábios do pecado.

Menino de sorriso fácil

Olhos doces como o mel

Leva-me com suas palavras ao céu

Entrega-me ao êxtase dos seus pecados

Faz-me mulher em seus braços

Que outras mãos não lhe toquem

Que outros olhares não lhe espiem

Pois és meu

Menino de sorriso fácil

Dos lábios que é um pecado

Dos olhos que é um mel

Que somente me levam ao céu....




^AngelP^




Perfeito Ser

Boa Tarde

Em momentos tempestuosos de nossas vidas, não entendemos como mesmo aquele que machuca pode consolar, mas quando o amor é além daquilo que você imagina existir, somente aquele abraço pode lhe consolar. Espero que gostem, e somente agradecendo a inspiração que será eterna, independente dos caminhos que sigamos, independente de qualquer dor, estará gravado na minha alma e no meu coração, e isso ao menos ninguém pode nos tirar. Obrigada por passar a noite ao meu lado em um momento como este.








Perfeito Ser





Quando por baixo estou, mesmo sendo você a causar esta dor

Sei que posso contar contigo para minhas lágrimas secar

No fundo sei que como ser humano

Vai errar, no caminho vai me fazer chorar

Mas comigo estará lá para minhas lágrimas secar.

Gostaria de um ser perfeito ser

E jamais lágrimas lhe trazer

Mas como ser humano hei de lhe fazer chorar

Quero somente que permitam

Tuas lágrimas secar.

Um dia permissão terei para a seu lado estar

Sua mão na minha segurar

Teu coração com o meu sincronizar

E a certeza de uma vida partilhar.

Se desvios nestes caminhos se apresentar

Eternamente sua hei de ser

Mesmo com o cansaço da espera

No meu saguão hei de encontrar

O meu sonho de um metro e oitenta e seis a me esperar.





^AngelP^









sexta-feira, 24 de junho de 2011

Apenas Um Acidente

Boa Noite

Estou de volta a civilização, o que significa novas postagens, espero que gostem como está se desenrolando a vida de Pollyana, em breve muitas coisas aconteceram. Agradeço o eterno apoio e incentivo da minha inspiração, que aguenta minhas crises e sempre segura minha mão.










Capitulo 6




Corri sem saber para onde estava indo, até que me vi na praça próxima a faculdade, uma chuva pesada começou a cair sobre mim, procurei onde me abrigar, mas o desespero me impedia de ver com clareza. Senti suas mãos me puxando para baixo de uma árvore, me encostando com delicadeza e me encarando com fúria.

- Agora chega dessa maldita brincadeira de gato e rato Pollyana! - ele grita, fazendo sua voz se sobressair ao barulho constante e pesado da chuva. - Eu não vou te soltar até tu escutar e entender o que tenho para falar! Sim tu me viu sendo beijado por uma guria, a porra de uma guria louca que saiu comigo uma maldita vez, trocou alguns e-mails e acha que tem algo comigo!

Ele está gritando as palavras para mim, posso apenas observar as emoções passando por seu rosto, tão claro, límpido e sincero, meu coração se aperta em meu peito, sinto o calor passando por meu corpo, reconhecendo o toque dele, como se estivesse esperando esse toque para se sentir vivo novamente. Há três anos me fechei para o mundo, não permiti nenhum toque, a não ser do meu primo em um momento de bebedeira e mesmo assim apenas um beijo. Mas sentir as mãos dele me pressionando contra a árvore, sinto que posso me liberar e me entregar.

- Porque eu? - pergunto hesitante. - Tu pode ficar com a guria que quiser menos complicada e assustada do que eu sou uma guria saudável que possa curtir contigo aonde for.

- Porque você? É essa sua grande dúvida? Primeiro tu acredita no que eu te disse?

Sei que minha resposta mudará toda minha história, posso ser apenas a covarde de sempre e fugir, deixar este rapaz lindo, forte, inteligente e carismático em seu mundo de alegrias despreocupadas, mas algo me impulsiona a ser sincera:

- Sim, eu acredito em ti.

- Então saiba que é você que eu escolhi no primeiro dia em que lhe vi, sentada sozinha em um canto de um refeitório enorme, tu apenas levantou o rosto e sorriu para o atendente da lanchonete, agradecendo pela bandeja que ele lhe entregava, e foi como se iluminasse minha noite. Entendi naquele momento que tu precisava ser minha, descobri quem tu era, fiquei lhe admirando em segredo, esperando o momento. - ele pausa e sorri me olhando nos olhos. - Quando tu veio de encontro a mim, não pude evitar a ironia do destino.

- Que ironia? - ele levanta novamente seu olhar sorrindo para mim.

- Eu estava saindo do seu prédio naquele dia, depois de mais uma sessão de cinema na casa do Gabriel, havíamos acabado de assistir Closer, conhece? - posso somente afirmar com a cabeça. - Bem eu me apeguei a uma frase e pensei em ti.

- Qual frase?

- "O amor é um acidente esperando para acontecer". - ele ri e eu entendo o trocadilho nesta frase, aceitando e me apegando a ela da mesma forma. - E logo vem você na minha direção, pronta para me atropelar, não resisti a esse encontrão, quando tu me olhou com esses olhos verdes e furiosos pude apenas me apaixonar mais ainda ali.

As lágrimas não param de correr pelo meu rosto, se misturando as gotas de chuva, seguro suas mãos e as desço em direção a minha cintura, ele me aperta, aproximando ainda mais nossos corpos, sinto o calor do seu corpo me aquecer, passo minha mão pelos seus cabelos molhados, mas tão macios quanto imaginei e aproximo minha boca da sua.
Sinto seus lábios quentes e macios contra os meus, tão doces, tão carinhosos que apenas me entrego a este beijo, e sei que com esse beijo entrego mais que meus lábios, estou entregando meu coração e minha alma, que sabiam antes mesmo de mim que era ele, que no final do dia apenas existiria por ele.




^AngelP^




quarta-feira, 22 de junho de 2011

Selinho



Gostaria muito de agradecer as meninas do blog http://www.houseofnightbr.blogspot.com/ que me presentearam com este lindo selinho. Camila, Vanessa, Nathy, Letti, Thalita , vale a pena escrever a cada dia, mesmo que para poucos, que seja para aqueles que apreciam seu trabalho com prazer e alegria, adorei o blog quem passar por aqui visite-as também.

E gostaria de passar este selo adiante, pois outros blogs também merecem reconhecimento pela beleza e trabalho de quem os mantém:

http://alemdoquepalavras.blogspot.com/ (onde você encontra poemas que lhe tocam a alma e histórias que lhe envolvem em suas tramas e o dono é inspirador)

http://ilzysousa.blogspot.com/ (um blog com contos escritos à perfeição, interessantes e envolventes)

http://doquelasgostamais.blogspot.com/ (meninas lindas que nos deixam ligadas nas novidades sempre)

http://cafofodabia.blogspot.com/ (mais um blog que nos deixam antenadas nas últimas novidades)

http://pote-de-poesias.blogspot.com/ (poesias lindas e apaixonantes)

Espero que gostem, continuem sempre.








segunda-feira, 20 de junho de 2011

Outras Mãos

Bom dia

Estou sumida, não por falta do que escrever, pois tenho feito compulsivamente, mas sim por está isolada da tecnologia. Mas para aqueles que gostam e se importam comigo, precisei deste retiro para aliviar uma grande dor, que expresso como venho aprendendo através das palavras, espero que gostem.









Outras Mãos



Tola fui ao crer que o amor bastaria

Tola fui ao crer que a carne o desejo aguardaria

Tola fui ao crer que meus defeitos nada significaria

Tola sou ao sofrer por outras mãos a lhe percorrer

Tola sou ao ver que sem você apenas existirei

Tola serei ao dar voz a meu coração que sangra

Tola serei se esquecer toda a dor que passei

Tola serei, pois sei que para ti me guardarei

Tola continuarei pois sei que nunca te esquecerei....




^AngelP^

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Apenas Um Acidente

Boa tarde

Pollyana continua seu caminho, sigam e descubram o que mais pode acontecer, agradeço as visitas e o apoio.






Capítulo 5


Meus dias seguem apenas como um borrão em toda a escuridão que me cerca, posso apenas acordar, trabalhar, estudar como se fosse meu último dia. O Miguel tentou se aproximar de mim apenas um dia, somente me olhou e percebeu que nada conseguiria, desviei dele e continuei meu caminho. Em todo esse turbilhão de sentimentos e dúvidas, tentava entender como somente um dia poderia me cativar desta forma, como essa dor de perda e vazio poderia se apoderar da minha alma e coração, que há muito tempo estavam quietos e preservados em segurança.

Fiquei trancada pelas salas que se tornavam sufocantes para mim, não aguentando mais a pressão apenas me levantei e saí pelas portas sentindo o ar circulando pelos corredores vazios. Caminhei o mais rápido que pude para a entrada, fugindo desta prisão, quando estava a ponto de alcançar as portas de entrada sou barrada por uma mão em meu braço, sinto meu sangue congelar nas veias com o aperto firme, tento me desvencilhar mas não consigo. Somente paro de lutar e me viro para o meu captor, encontro com um par de olhos verdes tão parecidos com os meus, mas ao mesmo tempo totalmente diferentes, talvez seja pela frieza que eles transmitem.

- Aonde vai com tanta pressa priminha? - Olho para meu primo Rogério, que é sinceramente o cara mais inconveniente para se ter na família e meu maior lamento de bebedeira que já tive.

- Aonde vou ou o que eu faço não é da sua conta Rogério, então seja um bom menino e tira suas mãos de mim! - falo com a respiração irregular e a voz elevada pelo asco que sinto do seu toque.

Ele levanta as mãos em sinal de rendição, com um sorriso cínico cruzando seus lábios, ignoro o impulso de correr dali, preciso me acalmar.

- Ui nervosinha, já te disse para controlar esse seu gênio enfezadinho comigo - ele diz zombando, pega o celular me ameaçando. - Será que o tio estaria interessado em saber aonde você vai?

- Rogério só fala o que você quer e me deixa ir para casa por favor! - nesse momento já estou a ponto da histeria, não suporto ficar na sua presença, preciso me livrar dele.

- O que eu quero? - ele cruza os braços e me observa. - Tem certeza que você vai me dar o que quero só pra fugir daqui?

Não tenho ideia do que ele quer, mas rezo para que diga logo e me deixe em paz, quando eu menos espero ele descruza os braços e me puxa pela cintura direto de encontro ao seu peito. Ele é mais alto e forte do que eu, tento me soltar mas não consigo, quando estou prestes a gritar ele me beija, fazendo meus lábios se cortarem em meus dentes com a pressão da sua boca na minha. Consigo me libertar a tempo de sentir um olhar já conhecido as minhas costas, mas não dou atenção para esse formigamento que transpassa meu corpo, apenas reúno forças no meu punho fechado e desfiro um soco na cara do meu detestável primo, que recua com a força inesperada em sua cara. 

- Tá maluca Pollyana! - ele grita enfurecido se jogando em minha direção com a mão levantada, pronto para revidar, quando vejo aquelas mãos que me trataram com delicadeza, segurar o pulso do meu primo com força, cortando sua circulação.

- Se eu fosse você cara nem tentava tocar nela de novo. - Fico olhando para o rosto do Miguel, e apesar de toda minha mágoa e fúria, agradeço que ele esteja aqui por mim, apenas gostaria que ele estivesse aqui por mim antes.

- Eu toco onde quiser, idiota, ela é minha prima! - Miguel não relaxa em seu aperto, apenas olha meu primo com a vontade de matar estampada em sua expressão.

- Você está bem, Pollyana? - ele me pergunta com um carinho e preocupação que traz lágrimas aos meus olhos que posso somente assentir com a cabeça, não confiando em minha voz. - Vamos sair daqui.

Ele solta o pulso do meu primo o empurrando longe, coloca a mão na minha cintura me conduzindo para fora do prédio, sinto a brisa fria da noite tocando meu rosto e fazendo escorrer as lágrimas que estava tentando segurar, mas não posso, apenas deixo que elas rolem em silêncio.

- Obrigada, pelo que fez lá dentro, mas posso seguir sozinha daqui. - Ele para e me vira para ele, abaixo meu olhar e estudo seus tênis all star preto e surrado, tão parecido com o par que tenho em meu armário que quase sorrio com a imagem.

- Não precisa me agradecer, não sei quem é aquele idiota, se ele é mesmo seu primo, mas não posso ver ninguém te machucando Cachos.

- Porque? Me fala porque tu resolveu falar comigo? Porque eu chamei a sua atenção? - pergunto agora encarando aqueles olhos amendoados - Porque tu não me deixa sozinha? Eu não quero sua atenção entende isso. Então eu agradeço por me defender, mas eu sei lidar com o Rogério, vou falar com meu pai, hoje tenho prova do que ele é capaz. - digo apontando para os meus lábios sangrando. - Apenas me deixe sozinha, está bem?

- Não posso, entende isso você Cachos, mandei vários emails, estou tentando falar contigo de todas as formas e tu não facilita. Então eu lhe pergunto, porque?


- Porque eu não suporto mentiras, tu veio até mim, com seu jeito de conquistador, me disse que era solteiro e no segundo dia quando penso que poderiamos conversar pessoalmente como haviamos conversado na noite anterior, lhe encontro com uma guria pendurada em seu pescoço!

Vejo o entendimento passar por seu rosto, e várias emoções ali também, como se ele escolhesse com cuidado o que me dizer, mas não lhe dou tempo de escolher as palavras simplesmente me viro e corro, apenas escutando seus gritos por mim, mas eu prometi que não ia permitir, e nem mesmo a emoção que me desperta a presença dele me fará voltar atrás em minha decisão.





^AngelP^


domingo, 12 de junho de 2011

Meu Sonho Em Um Metro e Oitenta e Seis...

O meu dia dos namorados poderia ser melhor, poderia estar em meu país e passar ao lado de quem amo, aquele que já não posso mais chamar de namorado. Pois em três dias me tomou para si e pouco tempo depois me amarrou de forma inquebrável a sua alma, que por fim descobrimos ser única. O poema não tem a qualidade dos seus, mas expressa um pedacinho do que carrego por ti Sr. Rodrigues meu eterno Gatinho... Feliz Dia dos Namorados!








Meu Sonho de Um Metro e Oitenta e Seis...



Nesse abraço de um metro e oitenta e seis

Sinto-me quente e protegida

Traz os meus sonhos para a realidade

Misture sua pele com a minha.

Somos um em alma e coração

Partilhando da felicidade do encontro e a dor da separação

Esperando nosso momento Coldplay naquele saguão.

Sonho de um metro e oitenta e seis

Que cabe perfeitamente em meu coração

Mas ultrapassa meus pensamentos

E faz minha vida continuar em movimento.

Um porto seguro onde desejo atracar

Onde terei beijos quentes a me despertar

Sorrisos eternos a me amar.

Mesmo com um oceano a nos separar

Um MSN a nos odiar

Tenho meu sonho de um metro e oitenta e seis a me aguardar.




^AngelP^








quinta-feira, 9 de junho de 2011

Apenas Um Acidente

Boa noite

Pollyana mais uma vez vem contar sua história, tenho apenas que agradecer aos que acompanham, agradeço sempre ao incentivo e apoio Sr. Rodrigues, sem ti nada disto teria se iniciado.








Capítulo 4





No refugio do meu quarto me permito chorar, ainda não entendo o porque do meu pranto, mas apenas sinto a dor se espalhar no meu peito, e essa vontade louca de chutar algo me impulsionando para frente. Respiro fundo várias vezes enquanto arranco minha roupa e corro para meu banheiro, entro debaixo da água quente queimando minha pele, como se essa dor fosse anular a outra de alguma forma. Começo a entoar cânticos em minha mente para relaxar, e penso: "Polly tu tem 25 anos, não é mais uma adolescente boba que se apaixona a primeira vista, ou ao primeiro toque, tu já passou por dores maiores que essa, supere foi apenas um dia de conversa e sorrisos pela droga do computador, fique calma".


Desligo o chuveiro esperando que as águas tenham levado esta dor inexplicável, mas sinto somente o peso da minha solidão a me rodear, me fazendo prisioneira de um mundo construído e protegido por paredes de areia, que sei que na próxima onda serão destruídas. Coloco o pijama mais confortável e quente que encontro, pego meu gato de pelúcia e me afundo nos cobertores macios da minha cama, ligo meu cd player ao fundo e sinto a melodia do piano da Amy Lee a acalmar meu coração, me identifico com a letra, tento absorvê-la para assim me esquecer da vida e de tudo que passei, somente alguém que nunca esqueço, e que mesmo que não esteja aqui me conforta. Estendo a mão até minha mesinha de noite e pego uma pequena caixa branca de madeira, a coloco ao meu lado na cama e observo seu entalhe com querubins gordinhos e risonhos acaricio e sinto o amor ali dentro guardado, esperando para me abraçar espiritualmente, me confortando e me guiando. Abro e olho seu conteúdo, retiro um pequeno pagão branco e um macacão cor de rosa, aproximo da minha face para sentir seu aroma, mesmo sabendo que após este tempo ele sumiu, pego uma caixinha de jóia onde contém ralos fios loiros e macios, tão puros quanto sua dona. 


Me conforto em sentir a presença do meu anjo particular, que não pode mais ser ferido ou roubado de mim, estou com esse pensamento quando meu computador envia o alerta de um novo e-mail, novamente eu não sei como, mas posso sentir que é ele, não quero ler ou ouvir suas explicações, mas algo maior me impulsiona para fora da cama, me arrasto quase como se puxada por cordas invisíveis até o computador, me sento e abro o e-mail:


Oi cachos Dourados....desculpe Pollyana 

Não sei o que houve, ou se lhe fiz algo, tu falou sobre minha guria, mas não tenho dona, espero que eu possa ter o prazer de falar com vc novamente, mesmo por que continuarei a te admirar a distância.


Beijos

Miguel



Leio sem saber o que dizer, o guri ou é muito descarado ou está me dizendo a verdade, meu lado racional fica totalmente indignado por ele achar que estou louca quando vi claramente uma guria pendurada no pescoço dele, estou completamente furiosa, e consideravelmente confusa, começo a digitar a resposta quando apago e desligo tudo.


Não irei me dar ao trabalho, não preciso e não quero admiração, quero apenas concluir meus estudos, montar meu escritório, ser independente de todos, caminhar segura, não preciso mais dessa complicação, meu corpo, minha alma estão quebrados, ninguém pode consertá-los, não darei a ninguém a oportunidade de me ferir novamente.


Me deito novamente, mas o sono não vem, as músicas que tocam apenas estendem minha melancolia, realmente como disse Amy Lee: " Estou tão cansada de estar aqui, reprimida por meus medos infantis..."




^AngelP^





quarta-feira, 8 de junho de 2011

Em meu Ventre

O amor de mãe nos dá o poder que nunca pensamos possuir, é amar sem ver, sem tocar, o cuidar por seu bem estar, preparar um mundo cor de rosa, para o ser amado embalar. Algumas mães não tem essa alegria e fica somente o vazio da perda, o desejo dos sonhos que nunca serão realizados. A ti meu Anjo, que estaria completando dois anos e dez meses, mamãe lhe ama hoje e sempre, e jamais nada nem ninguém poderá lhe substituir.











Em meu Ventre




Em meu ventre lhe acolhi

A sua dádiva aceitei

Com amor em meu ventre lhe embalei

Para ti sonhos doces eu sonhei

Jamais sonhei em lhe ver nas nuvens

Mas anjo doce se tornaste

A pairar por mim em consolo

Para a dor de um ventre vazio

Que o amor embalou

E hoje encontra o vazio

De uma vida sem cor

Para ti tenho apenas palavras de amor

De um peito consumido em dor

Que encontra consolo somente em teu louvor

Anjo doce que ilumina a escuridão do meu dia

Caminha comigo pela vida

Dá-me a certeza que no fim

Em teus braços repousarei

E assim a calidez do seu amor

Preencher o vazio do meu ventre partido

Pela perda que tu deixou.



^AngelP^

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Apenas Um Acidente

Boa noite

A história de Pollyana continua, espero que estejam gostando, eu sei que gosto cada vez mais dela. Mas sou suspeita a falar, agradeço o apoio da minha inspiração que mesmo envolto nas minhas tempestades repentinas, sempre me apoia e incentiva. E a outra amiga que acompanha sempre, malvadinha tu está em meu coração.







Capítulo 3



Mas a conversa continua por horas, me sinto livre conversando com ele, temos tanto em comum e tantas diferenças, consigo descobrir que ele faz Educação Fisíca, tem 25 anos e se chama Miguel, me afirmou ser solteiro apesar de eu não entrar neste campo para perguntar, fui sincera e disse o mesmo. Mas tomei muito cuidado para manter nossa conversa em um nível pouco intimo, não o conheço e não posso me revelar, ele tem todas as descrições que ansiaria em um homem, um parceiro em potencial, mas como disse é somente uma ânsia que nunca vou concretizar, mesmo que eu queira, está além da minha capacidade me relacionar com alguém.

Conversamos até as quatro horas da madrugada, quando relutante me despedi, prometendo voltar a noite ou falar com ele pessoalmente na faculdade, ele me ofereceu uma carona, mas de uma forma a não levantar suspeitas tive que recusar, sou obrigada a voltar com meu irmão mais velho não tenho como fugir.
Passo o dia no meu estágio completamente alheia ao que acontece ao meu redor, apenas pedindo a Chronos para acelerar o tempo e permitir esses minutos de descanso da minha vida e me entregar em uma conversa agradável com um cara lindo e inteligente, mas o dia é sufocante e não me dá tréguas.

Corro para casa pensando no que vestir para encontra-lo na faculdade, rezando para não parecer uma desesperada em busca de atenção. Visto meu melhor jeans que se adere ao meu corpo fazendo-o parecer mais sensual do que de fato é, coloco um sueter branco e botas pretas, com o frio que faz sou obrigada a colocar uma jaqueta de couro, me olho no espelho e fico imaginando o que fazer com meus cabelos longos, cacheados e loiros rebeldes, mas depois de todas as tentativas desisto e faço somente um coque frouxo com uma caneta segurando o penteado. Com o rosto limpo e jovial ensaio sorrisos e gestos, e acabo me frustrando como sou patética por isso.

Entro sorrindo no saguão da faculdade, coisa que raramente fiz, alguns alunos me olham como se eu fosse um ET, me assusto e penso: "Sou tão invisível assim que realmente nunca me notaram além dele?". Percorro o saguão com olhar aflito, sinto medo que ele não apareça ou tenha me achado terrivelmente chata para uma segunda conversa. Continuo procurando quando o reconheço de costas para mim, aproveito a oportunidade de olhar seu corpo perfeito, as costas largas, as pernas fortes e com as bochechas em chamas o bumbum bem feito.

Estou tão absorta em minha análise que o encanto apenas se quebra quando reparo um par de mãos femininas começando a enlaçar o seu pescoço e afundar as unhas longas e vermelhas em seu cabelo castanho que parece ser tão macio, neste exato momento meu sorriso se desfaz, meus olhos ardem, e tenho a certeza que realmente não sou boa o suficiente para uma segunda conversa. Apenas me sinto estranha, como se perdesse algo muito importante, mas vou repetindo para mim mesma "Foi somente uma conversa de um dia, ele não é nada para você".

Mantenho este pensamento, e com o coração apertado desvio do local que ele está e caminho para minha aula, assisto as aulas, faço os deveres, tudo novamente mecânico, fico triste com esta constatação, pois a Arquitetura é uma das minhas paixões, faço com felicidade meus projetos e cálculos, mas hoje não.
Hoje é apenas mais um ato a ser feito e terminado, para que eu possa correr para meu recanto afastado do mundo que parece me perseguir disposto a me machucar. Na hora do intervalo fujo do refeitório como a covarde que sou, não quero encontrá-lo, uma vez que ele despertou minha visão, sei que vou procurar, então corro para a biblioteca e pego um livro de poemas sem notar o titulo começo a ler e me arrependo quando na primeira página me confronto com o Soneto da Separação de Vinicius de Moraes:

"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto..."

Estou absorvida pela leitura que não sinto sua presença, até que minha caneta é retirada dos meus cabelos me assustando com o cair pesado dos meus cachos pelas minhas costas, me viro e vejo aquele sorriso, sinto meu peito pequeno para meu coração que bate acelerado, ele me olha como se me visse por dentro, seu sorriso se desfaz e me pergunta:

- Te procurei no saguão e não te achei, passei na sua sala e tu estava tão entretida com os livros que não me viu, e também não foi ao refeitório, porque?

Suas palavras parecem tão inocentes e casuais, que me enchem com uma raiva que a muito tempo eu não sentia, ao mesmo tempo que sou dominada por um sentimento de posse que não tenho permissão para sentir, apenas reúno meus pertences, afasto a cadeira e olho em seus olhos com tanto ódio que ele simplesmente dá um passo para trás, como se sentisse o calendoscópio de emoções que passa por mim.

- Não gostaria de atrapalhar o encontro que tu estava tendo com sua guria no saguão, assim como uma hora na biblioteca seria muito mais proveitosa para mim do que sua companhia. - começo a me afastar quando ele pega minha mão, trazendo a tona todos aqueles sentidos despertados pelo seu primeiro toque. Mas a minha razão e raiva comanda neste momento, puxo minha mão de forma brusca e digo: - Nunca mais me toque, não chegue perto de mim e muito menos fale comigo, já tive minha cota de mentiras, então me poupe das suas desculpas.

Ele apenas me olha confuso, consigo sustentar seu olhar por alguns segundos antes de sentir meu olhos arderem, sei que devo me virar e fugir, essa sempre foi a solução fugir de cada potencial mágoa, de cada potencial amor. Minha vida já foi reduzida a nada, agora estou apenas reconstruindo um caminho e ninguém vai me impedir, nem mesmo ele.

Saio correndo não me importando com os olhares alheios, mas sentindo o olhar dele em minhas costas, rezo para que não me siga, quero apenas me esconder de tudo e me sentir segura novamente.



^AngelP^



domingo, 5 de junho de 2011

Profundos Encantos

Boa Noite para alguns, mas já bom dia para mim. A inspiração bate a minha porta novamente e não pude resistir, espero que tenha sido uma boa inspiração, meu professor e inspiração oficial aprovou, então espero que gostem.












Profundos Encantos



Olhos verdes de profundos encantos

Me faz esquecer os prantos

Me faz ver os encantos

De verdes pastos a explorar.

Desejos insanos de um mundo em prantos

Nesses olhos verdes de profundos encantos

Quero me deleitar.

Olhos verdes de profundos encantos

Me faz esquecer os prantos

Me faz ver os encantos

De novos sonhos a trilhar.

Olhos verdes de profundos encantos

Me faz esquecer os prantos

Me faz ver os encantos

Das estradas desta vida

Que caminham em direção destes

Olhos verdes de profundos encantos

Recheado de pecados insanos.






^AngelP^


Em Suas Veias

Boa tarde,


O amor é lindo, mas nem sempre ele vem repleto de felicidades, nos traz algumas vezes dor, dúvidas e medos, o que escrevi hoje reflete isso, porque nem sempre podemos ter o que queremos, e as vezes quando temos não sabemos como caminhar em harmonia ou solucionar os problemas.











Em Suas Veias



A dormência de um coração enfeitiçado pelo impossível

Que não percebe a doença que esta fixação traz a sua vida

Que não aceita a melhoria de uma vida distante e segura

Que não entende a necessidade de cura.

Sou doença a corroer seu organismo

Destruindo suas defesas

Enfraquecendo suas decisões e o tornando dependente de mim.

Aproveite este momento de lucidez

Caminhe para liberdade, encontre a felicidade

Pois esta não sou eu, sou apenas a dor

Que persiste em seu coração ferir

Não tome minhas dores para ti

Não as suporto sozinha, mas não as dividirei contigo

Para ti quero paz, quero sorrisos, quero abraços e beijos

Mesmo que seja para vê-lo se perder em outros desejos.



^AngelP^