sábado, 30 de julho de 2011

Apenas Um Acidente

Bom dia....

Depois de um tempo de descanso Polly está de volta, fico feliz em dizer que é um dos meus capítulos favoritos entre todos, e que recebeu uma auxilio fora de série do Anderson Rodrigues que escreveu divinamente a parte do Miguel e tem textos lindos para se ver no http://alemdoquepalavras.blogspot.com/ então por favor prestigiem. E mais uma vez obrigado Anderson pelo apoio incondicional que dá a tudo que faço <3.... Espero que apreciem....









Capitulo 10




O quarto estava iluminado somente pela luz da lua que atravessava o grande vitral que separava o quarto da varanda, Miguel me colocou no chão sem tirar seus olhos dos meus, nossos lábios se encontraram e a magia do seu toque tomou posse do meu corpo, me incendiando até a alma, me fazendo promessas com as quais jamais sonhei.

Não pensei que o toque dele pudesse ser mais gentil ou amoroso do que já costumava ser, ou que meu corpo responderia seguindo os mesmos movimentos que o corpo dele fazia, sentia suas mãos acariciando minhas costas, descendo por meus quadris, até encontrarem minha cintura e me levantar, tive apenas tempo de enlaçar minhas pernas em sua cintura, enquanto ele caminhava em direção a cama me colocando delicadamente e cobrindo meu corpo pequeno com seu corpo grande.

- Sabe Cachos, desde a primeira vez que eu lhe vi, me perguntei como seria ter seu corpo assim tão perto do meu, sentir sua pele na minha, nem de perto meu pensamento foi tão bom quanto à realidade.

- E você sabe gatinho, desde que o vi pela primeira vez, me perguntei como esse guri me reparou, nunca poderia tê-lo assim tão próximo a mim, e meu pensamento também não foi tão bom como agora.

Sorrindo ele me ajeitou no centro da cama, começou a abrir os botões que cobriam a frente do meu vestido, a cada botão aberto eu tinha um pedaço de pele beijada, passando pelo meu pescoço, descendo pelos meus seios, beijando várias partes da minha barriga.
Minha pele se arrepiava com o toque de seus lábios, quando terminou de abrir meu vestido, ele se sentou no centro da cama, pairando sobre mim e me olhando com adoração, o sorriso em seu rosto era tudo menos divertido, observei seus braços se movimentarem tirando sua camiseta, toco em seus braços, ele me olha confuso, como se perguntasse se quero parar, mas continuo o movimento de retirar sua camisa, ele apenas ergue os braços, retiro sua camisa deixando seus cabelos bagunçados de um jeito sexy, seu sorriso se acentua enquanto desço minhas mãos ao cós de sua bermuda e começo a desabotoar, coloco as mãos em sua pele ele dá um passo para fora da cama enquanto deslizo o tecido por seu corpo deixando-o gloriosamente nu.

- Se você continuar me olhando assim Cachos acho que não vou conseguir avançar mais do que isso.

Apenas sorrio e o puxo pela cintura até que seu corpo cubra o meu novamente, enlaço sua cintura com minhas pernas e começamos a nos beijar com ardor, suas mãos frenéticas tentam cobrir cada pedaço da minha pele, enquanto meus quadris dançam com o seu, em um movimento tão antigo e tão novo para nós dois. Impaciente para sentir minha pele contra a sua ele rasga a última barreira que nos separa me deixando atordoada.

- Quando você estiver de vestido... - ele sussurra em meu ouvido - não usa mais essas coisas. - levanta os farrapos do que foi minha calcinha. - Só vou te dar prejuízo.

Volta a me beijar, cobrindo cada pedaço da minha pele com seus lábios, enquanto posso somente gemer e implorar por seu toque sinto-o morder a parte interna da minha coxa esquerda, seu fôlego tão próximo do meu sexo que não percebo quando sua língua desliza em minha pele me fazendo gritar e segurar com força seus cabelos. Ele explora com sua boca e mãos, enquanto meus quadris se movimentam cada vez mais rápido, sentindo algo vir, antes conhecido somente na teoria e agora tão próximo da realidade, sinto o gozo invadir meu corpo e somente posso expressá-lo em um grito abafado, quando sinto meu mundo balançar e meu corpo se entregar ao prazer de estar nas mãos dele.

- Zimmm, ainmeudeus, zimmm - ele ri com meu sim engraçado, enquanto sobe para me beijar, sinto meu gosto em seus lábios, o que me acende mais.

- Zimmm? Cachos, você me surpreende a cada minuto que passo contigo, adoro descobrir cada particularidade sua. - Miguel diz em voz rouca, com o desejo estampado na face. Tento tocá-lo, mas ele apenas nega com a cabeça imobilizando minhas mãos acima da minha cabeça, enquanto encaixa seus quadris nos meus novamente, estive tão absorta no prazer que ele me deu, que sequer o notei colocando a camisinha até que ele me penetra calmamente, fico sem entender se ele quer acabar logo com isso, e pelo seu sorriso ele soube ler a confusão em meu rosto por que diz:

- Hoje é tudo por ti, quero te dar o prazer, porque eu estou sentindo prazer nisso também.

Com isso ele me penetra com força e para, sua respiração pesada, começa a se mexer lentamente, segurando com força minha cintura com uma das mãos enquanto a outra prende meus pulsos, quero tocá-lo desesperadamente, quando ele me solta cravo minhas unhas em suas costas, enquanto meu corpo se arqueia e meus quadris acompanham suas investidas. Sua mão direita me prendendo pelos cabelos, nossos olhares conectados ele diz:

- De hoje em diante, tu é minha Cachos, só minha! - cada palavra é pontuada de uma ferocidade e territorialismo, que me sinto mais excitada. - Fala de quem tu é?

- Sua somente sua Miguel...

Isso o satisfaz porque suas investidas ficam mais fortes e sinto que estamos chegando ao ápice do nosso prazer, ele me beija e sussurra em meus lábios um "Vem comigo" que me faz gozar novamente, fazendo meu corpo estremecer junto ao seu que se estremece com o próprio gozo. Seu corpo pesado caí sobre o meu antes dele me virar e me deitar sobre ele, deslizando as mãos pelas minhas costas, me deixando sonolenta, onde quase posso sonhar que ele diz: - Eu te amo Cachos...


Miguel...


Miguel sentiu a respiração de Pollyana ficar calma, ela entrava no mundo dos sonhos onde se ele pudesse caminhava junto. Passou a mão pelos longos cachos espalhados por seu peito, sentindo a leveza daquele corpo esguio e perfeito sobre o seu, nunca se sentiu tão em paz e completo, jamais se sentiu dessa forma, como se fosse correto aninhar e proteger aquela garota em seus braços. Pensou em como esse "acidente" lhe fazia feliz em tão pouco tempo, fazendo seu mundo gravitacionar ao redor dela, como se o restante do mundo parasse, se lembrou quando a viu pela primeira vez...

Miguel entrou conversando no refeitório com alguns amigos, estava louco para ir embora, comentou com o grupo que ia “vazar” só resistiu à tentação em encurtar o dia na faculdade quando um dos amigos o lembrou que nas aulas finais o professor passaria um exercício, ele soltou um “Putz” pela lembrança da atividade. Olhou para um lado, depois para o outro, totalmente distraído, pensando somente na sua cama, quando num percebeu numa mesa no canto do refeitório uma garota sozinha, ele ficou observando ela com um livro e fazendo algumas anotações, quando a moça da cantina lhe entregou uma bandeja e ela com um sorriso sem igual agradeceu. Miguel ficou observando-a por um tempo que não podia dizer quanto foi, só voltou a si quando os amigos lhe sacudiram pela manga da camisa o chamando pelo nome. Ele se assustou olhou para os amigos e resmungou um “O que foi?” e nem esperou a resposta para olhar novamente para a garota de cachos dourados. Só conseguiu ver ela ajeitar o livro no antebraço e sair andando praticamente sem tocar na comida.

Voltando para a sala de aula, era como se Miguel nunca tivesse estado lá, a atividade só foi entregue por que a sua parceira de dupla fez a atividade para os dois, ele só agradeceu, prometendo devolver a gentileza numa próxima oportunidade. Tudo que ele pensou naquelas duas aulas, foi naquele sorriso, nos cabelos dourados longos e revoltos da garota caindo pelos seus ombros até o meio das costas. 

No dia seguinte o pensamento não se foi, e a lembrança daquele sorriso fez ele até olhar o cabelo no espelho antes de ir para faculdade. Ela se sentou no mesmo lugar e Miguel passou vinte minutos admirando-a, ela nunca falava com ninguém, mas ela sempre ia embora da faculdade com o mesmo cara. Por diversas vezes Miguel achou que eram namorados, isso explicaria a reserva de uma garota tão bonita. Só em uma oportunidade ele a viu conversando com um rapaz no corredor, e quando viu quando com quem ela conversava Miguel quase deu saltos de alegria, abriu um sorriso bobo que fez Carol, uma guria que vivia o cercando perguntar.

- O que foi Miguel? Por que esta tão felizinho?

Ele se virou para Carol e respondeu:

- Nada que lhe interesse. - Na mesma hora voltou a olhar para onde conversavam o rapaz e a garota dos cachos dourados, eles se despediram e cada um foi para um lado. Na mesma hora Miguel se desvencilhou do seu grupo com um rápido: - Desculpe. Preciso ver algo. - Ninguém entendeu, mas nada disseram.

Miguel se aproximou por trás do rapaz passou seus braços pelo pescoço do mesmo e foi dizendo alegre: 

- Gael, seu safado! Passa por mim e não me cumprimenta!

- Oh! Miguelito, fala meu veio, desculpa não te vi mesmo, estava distraído.

Rapidamente Miguel respondeu:

- Desculpo lógico, mas...

Gael olhou curioso para Miguel e disse:

- Mas...

Miguel não conseguia conter a vontade de saber da garota dos cachos dourados e emendou:

- Quem era a garota que tu estava conversando há cinco minutos? - Na mesma hora Gael começou a rir, Miguel achou a reação estranho, o encarou por um segundo e perguntou: - O que foi que eu disse?

- Desculpe Miguel. – Gael disse contendo os risos e continuou: - É que eu nunca te imaginei perguntando sobre garota nenhuma, normalmente tu resolve isso do seu jeito.

Miguel o encarou sério e disse:

- Quem é a garota?

Gael percebeu que Miguel não estava brincando, conteve o riso e respondeu serio:

- Ela é aluna de arquitetura, está no terceiro semestre. Muita gente boa, o nome dela é Pollyana.

Pollyana, esse era o nome da garota dos cachos dourados. Gael não disse mais nada sobre ela, só que a conhecia há anos, e que moravam no mesmo prédio. Mas o nome não lhe saiu da cabeça, sabia o seu curso e o seu semestre, agora era ir até ela.

No dia seguinte ele se vestiu como sempre, jeans, camiseta e all star, resolver aceitar o convite de seu amigo Gael para a sessão pipoca, quem sabe cruzava com sua vizinha pelo elevador. A sessão foi uma tortura, apesar de o filme ser bom, quando terminou saiu desanimado de não cruzar com a loira nos corredores ou elevadores, estava saindo na portaria quando teve a visão dos cachos dourados vindo distraída em sua direção, pensou em desviar, mas esta era a oportunidade perfeita para falar com ela, uma vez que percebeu sua timidez. Ficou só esperando até que Pollyana entrou distraída nos portões do prédio, ele então fingindo estar distraído foi em sua direção e esbarrou com ela, sim era clichê, mas ele viu dezenas de filmes, e pela sua experiência cinematográfica um “Oi” ele conseguiria...

E hoje estava aqui, com seu oi vc recebido, e se sentindo completamente satisfeito por isso, mantinham seus dias calmos, onde longas conversas ou até mesmo o silêncio preenchiam seu mundo, mas sabendo que tinha a companhia de alguém doce e delicado, que se entregava com receio, mas jamais deixava de ser atenciosa e prestativa. Queria somente ter o poder de tirar o medo que algumas vezes via brilhar em seus olhos verdes, e lutar com dragões se necessário para mantê-la a salvo.





^AngelP^






2 comentários:

And_Rodrigues disse...

Todo o texto esta muito bom, e a história esta cada vez melhor, a cada post ficava ainda mais visível o desenvolvimento da sua escrita e o talento em ti presente. Isso só me enche de orgulho P. Parabéns S2.


^PAR^

Luiz Fernando disse...

massa o texto, gostei da primeira parte, continua assim, to seguindo linda, bjos

Luiz

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