sábado, 25 de fevereiro de 2012

Apenas Um Acidente

Boa tarde de Sábado !

Algumas semanas de folga mas Polly volta com tudo, então aos que apreciam a história divirtam-se e aproveite bem a leitura !







CAPITULO 19


O olhar admirado e possessivo que Miguel me dava, fez com que me sentisse muito mais linda do que era.

Ele mesmo com seu jeito descontraído e despreocupado é lindo, e por onde anda, chama atenção, se quero ficar com ele, tenho que ao menos tentar estar no mesmo nível que as garotas que ele estava acostumado a se relacionar.

- O que tu acha de ir em uma festinha nesta sexta?

- Festa de quem?

- De uns conhecidos meus?

- Não sei Miguel, não conheço muito bem seus amigos, e se eles não gostarem de mim?

- Nesse caso, eles não são meus amigos, e o importante, é que eu gosto de ti, e a opinião de ninguém muda isso. – Ele me respondeu de modo ameaçador.

Quando estávamos juntos, o mundo não importava realmente, mas socializar com desconhecidos, para mim era muito incomodo.

Mesmo detestando o que disse a seguir, não poderia privá-lo da companhia dos amigos ou qualquer outra atividade que estava acostumado a fazer.

- Faremos assim, depois que tu me deixar em casa, vai nessa festa, o que acha?

- Acho uma péssima ideia ir sem ti. - respondeu resignado.

- Esqueceu que no sábado eu tenho que estar cedo no estágio?

- Esqueci, mas deixa pra lá, melhor não ir mesmo. – respondeu franzindo o cenho.

- Se tu quer ir, por favor vai, eu não vou me incomodar. – mas meu coração martelava descompassado, como se algo me avisasse que era um erro. Porém com não poderia confiar nele ?
 - Tem certeza?
 - Tenho.

Nos despedimos na porta da minha sala, fiquei observando o seu caminhar até o final do corredor, quando ele se virou e me deu aquele sorriso doce que me derretia a todo instante.

Como alimento para os meus pesadelos, a bendita sexta-feira chegou rápido demais. Tentei ficar o mais calma possível quando entrei em seu carro e senti o cheiro do seu perfume intensificado, o sorriso aberto e lindo como sempre, seu cabelo ainda úmido e penteado de forma despojada.

Usava uma calça jeans preta, um all star igualmente preto e uma camisa branca que delineava os músculos dos seus braços e peito. Estava simplesmente lindo.

- Oi você!

- Oi você amor.

Nosso beijo começou leve e doce, até que Miguel me puxou para seu colo, colando nossos corpos e me apertando em seus braços. Suas mãos passeavam por minhas coxas, costas e cintura. A urgência do seu beijo começava a incendiar meu corpo.

- Nossa! Tudo isso era saudade? - lhe disse recuperando o folego e sorrindo.

- Tu não imagina Cachos - me respondeu enquanto pegava uma mecha do meu cabelo e enrolava no dedo. - Mas vamos embora, antes que mais uma vez a ideia de te raptar passe pela minha cabeça e desta vez eu a execute.

Acomodei-me no assento do passageiro e ele ligou o carro para começarmos nosso caminho para a faculdade. Sentia que minha noite seria terrível.

- Miguel-

A ideia de ir nessa festa foi a pior merda de ideia que eu já tive. Principalmente porque a Polly não me acompanharia, mas confesso que estou indo de birra, porque às vezes parece que ela não se importa muito comigo.

O apartamento da Carol era amplo e da sacada já se via muitas pessoas bebendo e dançando. Passei pela portaria sem problemas, já era frequentador conhecido, antes que pudesse alcançar os elevadores um furação em forma de Carol usando um vestido estupidamente curto e colado me enlaçou pelo pescoço.

- Oi Mi! Não acredito que você veio.

Dando um gritinho estridente colou sua boca a minha com força. Tentei me afastar, aquela boca estava errada na minha. Mas meu corpo começou a reagir, e essa reação fez eu me sentir ainda pior por esse beijo, Pollyna não merecia ou precisava disso.

- Tá maluca Carol? - a empurrei limpando batom que sentia manchando meus lábios.

- Que horror Mi! Você costumava gostar quando eu te recebia assim.

- Porra Carol! Tu sabe que eu tenho namorada, isso não rola mais.

- Mesmo? - ela disse, olhando ao redor como se procurasse por Pollyana. - Não estou vendo nenhuma namorada por aqui.

Antes que tivesse a chance de responder fui puxado para os elevadores, de onde já se ouvia as batidas da música vinda do apartamento.

O local estava repleto de pessoas dançando, bebendo e conversando alto, olhei para os lados e vi alguns casais se agarrando além da decência e me arrependi ainda mais de ter vindo sem a Pollyana.

- Vamos dançar Mi!

- Carol, prefiro peg...

Novamente arrastado acabei no meio da sala, com a Carol rebolando e se esfregando em mim, no que eu achava ser um tipo de dança.
O resto da noite foi apenas um borrão, depois da primeira cerveja, sei apenas que dancei, conversei muito, e continuei bebendo mais. Discuti com a Carol por esconder as chaves do meu carro.

Depois disso não lembro de mais nada, somente a sensação de um corpo suado colado no meu, mãos, boca passeando pelo meu corpo e o ritmo de sexo alucinado, que no fundo eu sentia ser errado, pois eu não fazia mais assim, agora era um amor sincronizado com meu coração, me sentia apenas vazio, o que acontecia era somente o reflexo do meu corpo que continuava a ação antes que eu caísse no esquecimento.

*****

Acordei sentindo o corpo quente e macio de Pollyana abraçada a minhas costas, me virei para abraçá-la quando tudo começou a voltar à minha mente, a festa, a bebida, Carol... Meu Deus, que merda eu fiz?

Tentei me desvencilhar do abraço de Carol, mas ela grudava cada vez mais e começava a me sufocar.

- Hei amor, qual a pressa? Hoje é sábado... - disse com a voz sonolenta.

- Eu tenho que ir.

- Fica vai, aquela ratinha não vai querer nada com você mesmo depois de ontem.

Com isso empurrei com força me libertando do seu agarre e me levantei procurando minhas roupas.

- Quando tu se referir a minha mulher - pausei para segurar meu ódio e não esbofeteá-la como queria. - se refira com respeito, porque ela não é do teu tipo, me entendeu?

Não esperei resposta, não suportava ficar no mesmo ambiente que aquela guria, não suportava ficar no mesmo ambiente comigo. Corri de volta para meu carro e retirei o celular do bolso e vi que tinha chamadas perdidas e uma mensagem de texto que me fez sentir como o pior ser humano na terra.

 “Oi vc, tu deve ter esquecido o celular no carro, queria apenas lhe dizer o quanto o amo e lhe desejar uma boa noite, caso tu beba E precise de carona, me ligue que vou lhe buscar. Amo-te".

- Estupido - comecei a repetir enquanto batia a cabeça no volante do carro. - To mais do que ferrado, que merda eu fiz?






2 comentários:

Anderson Rodrigues disse...

Como sempre destilando seu talento, em mais um capitulo incrível dessa historia. Nem preciso dizer o gostinho de quero mais que deixa a cada vez que leio a historia de Polly e Miguel.

Parabéns! Esta cada vez melhor

P Amo te

^PAR^

Anônimo disse...

A cada post novo eu me apaixono mais ainda pela Polly e pelo Miguel. Você é demais minha gêmea. Parabéns!!

Te amo! Te amo!

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